Olá, internautas!
Preparados para a nova Minha Estante?!
Então parem de ler isso aqui (se bem que eu acredito que ninguém lê essas introduções, tenho tanta certeza disso que vou colocar um trecho de uma música aqui e aposto que nenhuma alma viva vai notar, pois a ansiedade em ver a coleção é enorme!)
And be a simple kind of man.
Be something you love and understand.
Baby, be a simple kind of man.
Won’t you do this for me son,
If you can?
…
Enfim, vamos conhecer agora a coleção de Wellington, também conhecido como “Macgaren”.
Olá, Wellington! É um prazer tê-lo participando dessa coluna. Por favor, se apresente ao aos nossos leitores.
Bom, Meu nome é Wellington, mas sou mais conhecido pelo nick de Macgaren. Tenho 32 anos , solteiro e moro em São Paulo capital. Trabalho como inspetor de qualidade na área de metalurgia mas o que gosto mesmo é de escrever e no tempo livre(que está virando uma raridade, diga-se de passagem) mantenho um blog, o Clarim e participo do podcast do Blog Clímax. Ah, e como vão perceber, sou Marvete convicto!
Quando você começou a se interessar por quadrinhos?
Minha mãe costuma dizer que eu nasci com uma revista na mão já que desde mesmo antes de saber ler andava com quadrinhos pra cima e pra baixo. Comecei com Turma da Mônica e depois Disney e finalmente heróis (Já mencionei que sou Marvete? (risos)) aí não teve mais volta.
Você se lembra da primeira vez que se viu fascinado por uma HQ? Qual foi a história ou revista?
Não tenho muita certeza mas muito provavelmente foi alguma dos Patos Disney do Grande Carl Barks. Na época em que as histórias ainda não eram creditadas, as deles se destacavam na edição e mesmo crianças sabíamos que eram especiais. Uma que me marcou foi “O Paraíso Perdido” na qual o Tio Patinhas e sobrinhos vão à vila de Tra-lala. Essa história foi inclusive depois adaptada para um episódio de Ducktales.
Se lembra quando passou de apreciador ocasional de HQ para um colecionador viciado?
Ah! Isso eu lembro, sempre gostei de coleções. Colecionei de tudo, de embalagens de cigarros, passando por figurinhas a cartão telefônico. A primeira revista que colecionei (ou tentei) foi a do Cascão da época da Globo. Mas até ali como a grana era pouca eu acabava trocando revistas com um senhor que tinha uma banca perto de onde morava, era no esquema “duas por uma” e acabei ficando sem revistas rapidamente. Foi então que um tio me deu algumas revistas antigas e entre elas tinha uma do Homem-Aranha (sem capa e tal). Na época não gostava então deixei de lado mas um dia quando não tinha nada pra ler resolvi dar uma chance e pronto! Havia encontrado meu objetivo de vida: colecionar tudo sobre o personagem. Hoje já consegui comprar essa edição com capa, mas mantenho a minha primeira revistinha mesmo sem capa por nostalgia.
Hoje além de quadrinhos coleciono bonequinhos (não consigo chamá-los de “actions figure”) e DVDs.

Saga do Clone!
Qual seu personagem favorito? Aquele que mesmo nas mãos nos piores roteiristas você dá uma conferida.
Meio que já respondi essa na pergunta anterior, claro que é o Aracnídeo. Ele foi minha porta de entrada no Universo Marvel e lhe sou grato por isso, mesmo que ele já não tenha uma fase que preste a muuuuuuuuuuuuuuito tempo.

A tal da revista sem capa que adquiri e passei a adorar o Homem-Aranha.
Quantas HQs você tem?
Entre nacionais e estrangeiras devo ter por volta dos 4000. Era pra ter mais caso não tivesse me desfeito de parte dela na fase “Duas por uma”
Qual o item mais raro da sua coleção?
Não sei se pode ser considerado “raro” mas o meu xodó da coleção é a coleção completa dos 42 mangás de Dragon Ball em japonês. Tenho outras edições de que me orgulho, mas o modo como comprei esses mangás, na época pré-internet garimpando as lojas na Liberdade por quase um ano, os colocam em um lugarzinho especial.

Mangás Dragon Ball em japonês.
Legal a diversidade de títulos da sua estante.
Obrigado! Como falei as revistas Marvel ocupam a maioria da coleção mas também tem os quadrinhos Disney e os mangás de que eu gosto muito.
E qual foi a maior raridade que já comprou pelo menor preço?
Antigamente era mais fácil encontrar edições raras por pechinchas nos sebos, mas agora parece que todo mundo sabe que uma edição antiga pode ser desejada e “metem a faca”. O melhor negócio que fiz foi comprar a Teia do Aranha #1 da Abril por 1 real. Estava passando por uma rua isolada no centro de São Paulo quando a vi numa barraquinha e não pensei duas vezes.
Como você as guarda? E quais técnicas usa para conservá-las?
As formatinhos e edições especiais deixo em prateleiras, outras, como revistas mensais em formato americano deixo em caixas por pura falta de espaço. Já pra conservá-las não uso nada muito especial, apenas as deixo em plásticos individualmente. Ah, e é importante, ao menos uma vez por mês, dar uma mexida nas revistas, tirar o pó só pra garantir que estão todas ok.
Já fez alguma loucura para conseguir algum exemplar? Qual foi sua maior compra de uma vez?
Loucura não. Acho que compra a que deu mais “trabalho” foi a já citada coleção dos mangás de Dragon Ball. Já cheguei a gastar 200 reais em uma única compra, mas tinham várias edições no pacote. Não sou daqueles que pagam fortunas por uma edição.
Tem alguma HQ autografada?
Só uma: a edição de Mestres Disney do Canini, autografada por ele.
Se você já tem a história que adora publicada em formatinho e ela é lançada em álbum de luxo, você a compra novamente? Depois vende a primeira ou fica com as duas?
Se for uma história que eu gosto muito eu compro de novo sim. Aliás tenho feito muito disso ultimamente. Mas não consigo me desfazer dos formatinhos. Acho que cada uma delas tem seu valor pra mim e não é porque consegui a história em um formato melhor que vou desdenhar daquela que me divertiu tanto.
Todo colecionador tem manias, seja para guardar, emprestar ou mesmo na hora de comprar, quais são as suas?
Não tenho muitas manias. Apenas gosto de saber onde está cada revista minha e as guardo de um modo que mesmo em caso de falta de luz e escuridão completa consigo encontrá-la. Assim como consigo “sentir” quando alguma revista não está no lugar que deveria estar e enquanto não a encontro não sossego. “Emprestar”? O que é isso? É de comer?
Você também compra HQ importada?
Compro sim. Já tem uns quatros anos que compro o mangá japonês de One Piece sempre que sai. Agora a Panini voltou a publicar a série, mas quando a Conrad interrompeu a publicação os mangás originais foram minha única maneira de continuar lendo a série. E comics compro histórias mais antigas que gosto e que saíram em encadernados lá fora. Pode parecer estranho mas eu não gosto de ler scans e se não tiver a revista em mãos eu não leio.
A Abril pulou bastante coisa que permanece inédita por aqui. Dou preferência para esses importados.
Tem alguma história triste envolvendo esse hobby?
Triste não. Mas hoje me arrependo de ter me desfeito de muita coisa na já cansativamente citada fase ”Duas por uma”. Hoje em dia tento correr atrás delas.
Que são suas as dez HQs favoritas de todos os tempos?
Difícil organizá-las em ordem.
Do Aranha minhas preferidas são:
A Morte de Jean DeWolfe, A Última Caçada de Kraven , A Morte de Gwen Stacy e O Garoto que Colecionava Homem-Aranha, a história que considero mais emblemática para mostrar que o Aracnídeo é o personagem mais “humano” da Marvel.
Do universo Marvel:
Guerras Secretas e a saga da invasão da Mansão dos Vingadores pelos Mestres do Terror e claro, Marvels.
Da Disney:
Com certeza as do Carl Barks, sinônimo de qualidade. Indico a já citada “Paraíso Perdido”, “O pato mais rico do Mundo” e preciso citar a saga do Tio Patinhas, que considero uma obra-prima que não deixa a desejar em nada para as grandes obras dos quadrinhos.
Qual item é seu objeto de desejo, aquele que você sempre quis ter e ainda não conseguiu?
É o Álbum Gigante #11 com a primeira aparição do Homem-Aranha aqui no Brasil. Mas como disse, não pago fortunas por edições e mais cedo ou mais tarde consigo comprá-la.
Qual foi a última HQ que comprou? Gostou?
Foi a Deadpoll #6 da Panini. A única revista mensal que continuo comprando. A história é divertida, mas não dá pra exigir muito dos roteiristas atualmente.
Wellington, muito obrigado pela entrevista! Deixe um recado para os leitores do Pipoca e Nanquim.
Opa! Eu que agradeço. Adoro ver coleções dos outros e já venho “namorando” uma participação a algum tempo. Fiquei feliz quando pintou a oportunidade via Twitter.
O único recado que posso deixar é que não se desfaçam de suas revistas. Lembre-se do que sentiu no momento que a comprou. Caso precise mesmo se livrar, não venda, doe para algum garoto, biblioteca ou alguém que você sabe que irá aproveitá-la tanto quanto você. Lembre-se que assim como aconteceu comigo, aquela sua revista que você não faz questão pode ser o gatilho para alguém também entrar nesse mundo dos quadrinhos. E não esqueça: Colecionar é um hobby, não deixe que se torne um vício!
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Minha Estante é um espaço pra você, colecionador de HQs, mostrar sua coleção, falar sobre prazeres e vicissitudes desse hobby, conhecer outros aficcionados e proporcionar aquela inveja boa.
Convidamos a todos que possuem belas coleções de quadrinhos a mostrarem elas aqui!
É só mandar um e-mail para pipocaenanquim@gmail.com dizendo alguns detalhes (números de revistas, itens raros e particularidades) que em seguida combinamos a entrevista.
Até a próxima!